Cinco meses depois da última vez que entrou em campo, Pedro Gonçalves está de volta aos trabalhos com o plantel principal do Sporting, deixando Rui Borges com uma dor de cabeça… das boas. O médio criativo está totalmente recuperado da lesão muscular que sofreu frente ao Braga e prepara-se para voltar a competir, trazendo novas soluções — e dilemas — ao técnico leonino.
Pote, como é carinhosamente conhecido pelos adeptos, era uma das principais armas ofensivas da equipa antes de se lesionar, somando cinco golos e seis assistências em apenas 12 partidas oficiais. A sua ausência prolongada obrigou Rui Borges a reinventar o meio-campo e os corredores ofensivos, apostando em nomes como Geny Catamo e Quenda para ocupar terrenos mais adiantados.
Agora, com o regresso do internacional português, começam as contas difíceis. Quem vai sair do onze? Catamo, habituado a pisar zonas mais ofensivas, poderá recuar para manter espaço, o que afetaria diretamente jogadores como Fresneda ou Esgaio. Quenda, por sua vez, pode voltar a fixar-se na ala direita, função que desempenhava com destaque no tempo de Rúben Amorim.
Na esquerda, Maxi Araújo também poderá ver o seu protagonismo condicionado, sobretudo tendo em conta o regresso de Nuno Santos previsto apenas para a próxima época.
Rui Borges terá, assim, de fazer escolhas difíceis para encaixar todas as peças no tabuleiro. Certo é que o regresso de Pote vem dar mais profundidade e criatividade ao meio-campo leonino, num momento crucial da temporada.
O médio deverá integrar a convocatória para o jogo de sábado frente ao Santa Clara, nos Açores, devendo iniciar a partida a partir do banco. A titularidade pode não estar ainda ao virar da esquina, mas o “problema” está criado — e os leões agradecem.